A disputa eleitoral em Eunápolis tem mostrado as duas faces da moeda, em que, de um lado apoios explícitos que podem representar altos investimentos para a cidade são chancelados ao candidato a prefeito pelo PSD, enquanto de outro o começo de um problema de relacionamento entre o presidente do AVANTE estadual com o governador pode avacalhar importantes projetos para a cidade. Isso na prática significa que os eunapolitanos devem pensar bem, antes de decidir em quem irão entregar os destinos da cidade pelos próximos quatro anos.
É de suma importância que o próximo prefeito tenha prestígio nas esferas estadual e federal, e que sobretudo, não seja fruto de acordos políticos que possam prejudicar a população, a exemplo do desastre político/administrativo em que o município foi obrigado a viver na atual gestão, o que muito se deve a falta de parcerias com o governo do estado e com o federal.
Há duas importantes linhas políticas atuando em Eunápolis no atual cenário, onde de um lado está o candidato pessedista, Robério Oliveira, sem acordos bilaterais, no entanto com parceria pré-estabelecida com o governador Jerônimo e com o ministro Rui Costa, visando aporte de obras para Eunápolis, enquanto de outro lado, o candidato do AVANTE, Neto Guerrieri, traz no entorno de seu nome, compromisso com várias vertentes políticas, a exemplo do apoio maciço do grupo da prefeita Cordélia e seu marido Paulo Dapé, do ex-deputado, Ronaldo Carletto e seu sobrinho o deputado Neto Carletto, além de outros apoios selados em acordos, ou seja, se houvesse uma eleição do candidato do AVANTE, há fortes indícios que Guerrieri teria uma governança totalmente comprometida e subalterna, além do desalinho com o governo do estado.
Há quem diga que Eunápolis está diante do mesmo filme de 2020, no entanto, todos sabem o preço pago por uma decisão de momento, não pensada. Não podemos esquecer que o mesmo grupo político que fez de Cordélia Torres prefeita está tentando fazer Neto Guerrieri o prefeito.