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Dinheiro da covid no caso do Consórcio Nordeste serviu para pagar carros e outros luxos

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • há 1 hora
  • 3 min de leitura
Dinheiro também foi utilizado para quitar faturas de cartão de crédito e mensalidades de escola
Dinheiro também foi utilizado para quitar faturas de cartão de crédito e mensalidades de escola

Uma investigação da Polícia Federal encontrou indícios de que os R$ 48,7 milhões pagos em 2020 pelo Consórcio Nordeste na compra de respiradores pulmonares – que nunca foram entregues – foram desviados por meio de sucessivas transferências bancárias. As informações são do UOL.

Na época, o Consórcio era presidido pelo ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa. De acordo com a Polícia Federal, o dinheiro foi utilizado para gastos particulares, incluindo a compra de carros e o pagamento de faturas de cartão de crédito.


A investigação aponta que a empresa Hempcare transferiu integralmente os R$ 48,7 milhões recebidos pelo Consórcio para pessoas e empresas que não possuíam ligação com a compra de ventiladores. Após receber o pagamento em abril de 2020, a Hempcare pulverizou o valor em repasses a terceiros.


Uma das pessoas que receberam os repasses comprou um SUV Volkswagen Touareg (R$ 75 mil, em valores da época), um caminhão Mercedes-Benz Accelo 815 (R$ 176 mil) e um Mitsubishi ASX (R$ 76 mil), todos em 2020. Outro beneficiário utilizou parte do dinheiro que recebeu para quitar R$ 150 mil em faturas de cartão de crédito. Segundo a investigação, o dinheiro também foi utilizado para pagar a mensalidade da escola dos filhos de um dos investigados.

"Impressiona verificar que as investigações cuidaram de apontar que até mesmo as faturas de cartões de crédito da investigada, que perfizeram o montante de R$ 149.378,74, foram pagas com valores advindos das contas da Gespar Administração de Bens. Ou seja, com dinheiro originalmente público destinado à compra dos respiradores pulmonares", diz outro trecho do processo.


Ao menos R$ 5 milhões passaram por contas de empresas destinadas à administração de bens, ao ramo imobiliário e a bancos e fundos de investimentos, "mas nunca chegaram a uma empresa sequer que efetivamente trabalhasse com a compra de ventiladores pulmonares".

Na época, Rui Costa assinou o contrato com a Hempcare que permitia o pagamento adiantado da totalidade do valor. A empresa, que é especializada em medicamentos à base de maconha, nunca tinha fornecido esse tipo de equipamento. Os respiradores nunca foram entregues.


O inquérito do caso dos respiradores ainda está em andamento. No início de abril, a Justiça Federal da Bahia devolveu a investigação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso tramitava na primeira instância desde maio de 2023 porque Rui não tinha mais direito ao foro privilegiado de governador. O Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, modificou o foro privilegiado, e o juiz federal Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Criminal Federal de Salvador, determinou o retorno da investigação ao STJ, que é responsável por investigar governadores.


Em delação premiação, a dona da empresa que venderia os respiradores, Cristiana Taddeo, contou que o empresário Cleber Isaac se apresentou como amigo de Rui e da esposa dele, a então primeira-dama Aline Peixoto. No acordo de delação, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ela devolveu R$ 10 milhões que recebeu pelo negócio - os outros R$ 38 milhões teriam sido repassados a outros envolvidos. Em agosto do ano passado, a PF deflagrou uma nova operação sobre o caso e cumpriu busca e apreensão contra Cleber Isaac e outros alvos.


A reportagem tentou com contato com Rui Costa, por meio da assessoria, mas não houve resposta até a publicação desta matéria. 


Por correio24horas com informações do Uol e título de cdn24horas

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Antonio Marcos Nunes dos Santos

Jornalista - Registro 0006829/BA  

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