O segredo por trás do resgate dos 16 detentos do presídio de Eunápolis

A sociedade espera os esclarecimentos

Após 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis serem resgatados por comparsas na noite de 12 de Dezembro, quinta-feira, pouco se sabe até o momento sobre o paradeiro dos fugitivos, enquanto isso, tem sido descortinado os absurdos que aconteciam na unidade penal; a intervenção feita com o afastamento da Diretora, pôde detectar o quanto o presídio estava fragilizado, e a possibilidade de uma ação elaborada com anuência de facilitamento.

Na intervenção, de acordo com notícia publicada no RADAR.NEWS *foram apreendidos 18 celulares, cinco pendrives, um carregador, 96 armas artesanais conhecidas como chunchos, e anotações suspeitas de contabilidade, entre outros materiais ilícitos, evidenciando que havia um escritório do crime instalado dentro presídio, e, ainda a possibilidade de uma tragédia anunciada, com tantas armas artesanais nas mãos de presos tão perigosos. No entanto a conta da fuga é muito maior, que implica em responsabilidades, que podem indicar suspeita de facilitação da ação criminosa, com respingos que podem comprometer muita gente.

O modus operandi adotado pelos executores da ação criminosa que resultou no resgate dos 16 detentos é alvo de investigação, que irá revelar em quais circunstâncias foi possível o resgate, e se há ou não ligações da fuga dos apenados com pessoas ligadas ao sistema prisional.

O desligamento de um colaborador que havia alertado para a possível fuga dos detentos, é uma das maiores indagações diante dos fatos. O que levaria a direção da Unidade Prisional demitir que faz um alerta dessa monta?

Sem emitir juízo de valor, antes esperando os desdobramentos das investigações a sociedade aguarda uma resposta das autoridades, enquanto convive com a escalada da violência numa Bahia que se desidrata dia após dia sem nenhuma expectativa que o governo vença essa guerra.

*Nota - o nome do site de notícias radar.news foi citado para ilustrar matéria da coluna PIMENTA MALAGUETA, o que não correlaciona o veículo com a opinião do colunista.