Todo mundo sabe que a disputa pela cadeira de prefeito(a) neste ano de 2024 em Eunápolis, tem motivações diversas, a depender da ótica e do ângulo de quem analisa o contexto político, observando os personagens envolvidos e os interesses por trás da disputa, é possível saber quem é quem nesse jogo.
A análise não é difícil de ser feita, basta entender as alianças que foram montadas para apoiar cada candidato(a) que irá concorrer ao executivo municipal e, o quanto isso pode impactar positivamente ou negativamente na vida vida do povo eunapolitano.
Entenda
As candidaturas são fruto de uma combinação de fatores, vejamos:
Quem apoia esse ou aquele(a) candidato(a)?
Quem está por trás dessa ou daquela candidatura?
Como foi montado o grupo político desse(a) ou daquele(a) candidato(a)?
Se eleito(a), quem vai mandar mesmo?
Enfim, só compreendendo esse mecanismo é possível prever um desastre ou acerto político no resultado de uma eleição. Devemos tomar por exemplo, a atual prefeita, Cordélia Torres, eleita em 2020 pelo mesmo grupo político que agora apoia a candidatura de Guerrieri; a prefeita fez os quatro piores anos de uma gestão na história de Eunápolis, e, muito ou quase todo seu desacerto e fracasso é atribuído ao seu marido, o super secretário, Paulo Dapé, que na verdade prefigurou nos bastidores do poder como prefeito de fato, embora não de direito.
Lembrando ainda, que a prefeita será figurante nessas eleições e seu grupo embarcou de vez com Guerrieri, numa espécie de retorno as origens.
Aonde entra Ronaldo Carletto?
Este é o eixo central, senão o terreno mais temeroso do atual processo eleitoral em Eunápolis, e, eu explico a miúde. Primeiro precisamos entender quais são as pretensões do cacique do AVANTE no resultado das eleições no município eunapolitano em 2024, e pasmem, não tem nada haver com querer o melhor para a cidade ou qualquer coisa desse tipo, na verdade a senha de Ronaldo Carletto para Eunápolis gira em torno de "PODER" e por consequência ter um prefeito para chamar de "SEU", até por que, Ronaldo quer fazer do AVANTE seu amuleto da sorte e para isso precisa do resultados das eleições municipais deste ano, para ter frente no estado em negociações políticas para 2026, e, ai mora o segredo, Eunápolis seria a cereja do bolo, afinal, outros municípios onde Ronaldo tem levado SEU partido para a disputa eleitoral são todos municípios pequenos, assim o único de porte médio seria aqui.
O perigo do apadrinhamento político de Ronaldo a Guerrieri
Era evidente que Neto Guerrieri não tinha mais interesses políticos, até ser provocado por negociadores com a chancela de Carletto para vir candidato, embora ainda esteja com entraves jurídicos; mas, o verdadeiro lado nocivo na ressurreição política de Guerrieri é a dívida eterna que passou a ter com Carletto. Em linhas gerais o apadrinhamento de Carletto a Guerrieri causa incerteza nos eunapolitanos quanto ao futuro administrativo da cidade, principalmente pelo exemplo deixado por Cordélia, fruto do mesmo grupo, nascida da mesma aliança política, que agora gera Guerrieri, ou seja, o mesmo filme outra vez.
Cordélia e Neto Guerrieri não são as cabeças
É nítido que se houvesse numa hipótese mesmo que remota, uma gestão Guerrieri, ele não teria vontade própria sem antes ouvir Ronaldo Carletto. Há quem diga que até a montagem de governo seria escolha de Carletto, afinal tem dívidas que não se paga com dinheiro, mas sim com a obediência e, só assim, Carletto teria um prefeito em Eunápolis para chamar de "SEU" e uma cidade para chamar de "SUA".